quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Naqueles dias...

Estou naqueles dias em que nada satisfaz: uma vontade de fazer não-sei-o-quê; uma desejo de comer sei-lá-o-quê... Dias em que fico carente, mas fico cheia de não-me-toques. Fico parecendo uma gata prenha. Siiiiim! É a dita cuja da TPM. Choro, até, com propaganda de margarina - podes crer! Maaas, na madrugada anterior, entre os estudos da especialização e a busca frenética pelos episódios de Fringe que, simplesmente, sumiram do computador (tinha que ser Fringe! Boo!), abusei geral! Fiquei FUUUUULA porque não achava a pasta com os episódios e não conseguia mais render no conteúdo acadêmico (já disse, né, que estou no módulo de Semiótica? Ui! ...Friiinge...). Saí catando qualquer coisa no computador e fui parar no programa de edição de vídeos do Windows. Geeente! Depois de pronto, fui verificar o que tinha saído - chorei até me acabar... sozinha, sentada no chão da sala, de madrugada, Kaio e Isadora dormindo... ainda bem! Mas, como é delicioso vermos um átimo da nossa existência registrado num filme! Mesmo que tenha sido feito com fotos e ajuda da opção "Filme automático".

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Só folhas

Almoço de sábado na casa dos avós Gici e Névito.
Eu - Filha, mamãe vai preparar seu almoço. Você quer carninha?
Isadora - Não.
Eu - Quer arrozinho?
Isadora - Não.
Eu - Quer feijão?
Isadora - Não.
Eu - Quer cenourinha? Hum... Tem milho, bolinhas (ervilhas)... que delícia!
Para desgosto dos carnívoros e avós de plantão, ela dispara:
- Não, quero só folhas. (olhando para o prato de salada de alfaces e repolho)

Hahahahaha... Ela tem 2 anos, tá?

Luzes de Natal

Segunda-feira, 23, aproximadamente 20h30min - voltando pra casa, de carro, depois da consulta com "tia" Ângela ("homeopata da família"):
Kaio - Isadoraaa! Mamãe tem uma coisa pra mostrar pra você lááá em casa! (em tom de suspense)
Isadora - É?! (em tom de curiosidade) Qué vê, mamãe, o pica-pica.

***

O pisca-pisca é a sensação do momento para Isadora. Época em que a cidade está repleta deles nas casas, muros, ruas, decorações de lojas, Isadora não se cansa de olhá-los. E eu havia prometido a ela (muito mais a mim mesma) que iria colocar pisca-pisca na nossa casa.
No domingo, comprei TRÊS pisca-piscas no Atacadão da BR, depois de uma aula de semiótica da Especialização em Redação Jornalística. Eu não me aguentava mais de vontade de fazer essa surpresa a ela!
Quando cheguei na casa dos meus pais, onde ela e Kaio me esperavam, deparei-me com um baita papai noel de pelúcia com o qual Isadora estava agarrada:
Eu - "Vigi malia"! Eu não "aquedito"!!! Um papai noel!!! Quem deu???
Isadora - Vovó Gici e vovô Névito (Geci e Néventon - meus pais).
Eu - E tu nem sabe o que a mamãe fez?!?! Comprei pisca-pisca pra colocar na nossa casinha!!!
Isadora - Qué vê, mamãe!
Enrolei, disse que estava dentro do carro, que depois a gente ia colocar na nossa casa e ela ia ver.
À noite, depois do ensaio do EmCena - Isadora já chegou em casa entregue aos braços de Morfeu -, passado das 10h da noite, eu e Kaio colocamos dois dos três pisca-piscas enrolados na rede de proteção da varanda do nosso apartamento, como se fosse uma moldura!

***

Ela não havia esquecido a promessa...
Eu - Eeeeita! Quando a gente chegar em casa, a mamãe mostra!
Isadora - Êêêêêê... (batendo palmas de satisfação)
Chegamos em casa e subimos as escadas correndo. Quando entramos no apartamento, coloquei ela sentada no banquinho da sua mesinha - pego a extensão, apago as luzes (deixo só uma frestinha do banheiro pra não ficar totalmente escuro), conecto os dois pisca-piscas na extensão e... o grande momento: ligo a extensão na tomada.
- Tá liiindo, mamãe! Tá liiindo! (eufórica)
Uma explosão de tanta alegria que não cabia em si. Seus olhos brilhavam tanto quanto ou mais que o pisca-pisca. E os meus se encheram de lágrimas contagiada pela emoção inocente e satisfeita da criança que se encanta com o que existe de mais simples.
Isadora - É pesente do papai noel? Ele deu pa tu colocá?
Eu - É, meu amor. O papai noel chegou pra mamãe e disse: (com voz grossa, imitando a figura) Esse pisca-pisca é pra Isadora. Coloca pra ela! Ho, ho, ho
Isadora - Tu botô, mamãe!
Eu - Botei, eu e o papai botamos o pisca-pisca pra você.
Isadora - É pesente de natal?
Eu - É, meu amor, é presente de natal.
Isadora - Qué tocá, mamãe.
E ficamos as duas inebriadas - ela com os pisca-piscas; eu, com ela.

domingo, 22 de novembro de 2009

Visão além do alcance

É incrível como temos a nossa percepção ampliada depois que nos tornamos mãe. Claro que não é assim... "pê e buf"! Essa percepção (extrassensorial?) existe em todos nós (incluo os homens), mas precisamos treiná-la, porque logo que essa realidade - ser mãe - nos chega, metemos muuuito os pés pelas mãos. Um chorinho no berço a metros de distância nos faz saltar da cama para ver o que está acontecendo. Com o tempo, quando conhecemos um pouco mais aquele ser - e as artimanhas dele (siiim, porque "inocentes" somos nós! hehehe) - ouvimos o choro, analisamos o tom, a sonoridade, e isso tudo em milésimos de segundo, para só então tomarmos a decisão se vamos até o berço ou o deixamos lidar com a sua própria realidade de necessidade de adaptação a esse mundo.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

"Cumadri" e não "comadre"

Comadre Fulozinha: ente mitológico, uma misteriosa mulher que vive na floresta. É defensora dos animais e plantas contra os predadores da natureza - principalmente o bicho-homem. É uma caboclinha que tem longos cabelos negros que lhe cobrem o corpo. Ela é caminhante e brincalhona. Consegue desaparecer sem deixar rastro e adora fazer tranças na cauda dos cavalos. Ela protege a caça contra os caçadores, desorientando-os com seus assobios e fazendo com que eles fiquem perdidos na mata. Adora receber presentes como mingau, confeitos e fumo.

Mas, aqui, sou "Cumadri" Fulozinha; desse jeito mesmo - "cu-ma-dri" (pra não dizer "cumadi"). Assim comecei a me identificar nos bate-papos on lines da vida, desde quando fiquei conhecendo essa lenda. A mim, não faz medo. E por que "cumadri fulozinha"? Gosto do cheiro da terra molhada da chuva - sinto minutos antes de começar a chover (!); "ouço" o som do mar para dormir; adoro a brisa friinha que sai da mata quando faz calor, de curtir a preguiça no solzinho quando faz frio... Não chicoteie um cavalo perto de mim, que "cumadri" fulozinha fica FULAZINHA! Nem escurrace um cachorro, porque eu viro bicho! E nunca, nuuuuuunca cometa uma violência - qualquer que seja! - contra uma criança: todos os meus piores instintos afloram!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Benvindos!

Vasculhei o mundo on atrás de cumadrifulozinha.zip.net. Mas, como já imaginava, a natureza se encarregou de transformá-lo e o antigo blog desfez-se. Inicio, aqui, uma nova jornada. Convido você para participar desta. Agora, "cumadri fulozinha" está mais sagaz do que nunca.